Síndrome do Pânico... Do céu ao
inferno em 15 minutos:
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Ter um repentino
ataque de pânico, de uma hora para outra, “sem motivo nenhum”, é algo aterrorizante,
uma das piores sensações que uma pessoa pode sentir durante toda a sua
vida!
O paciente sente seu coração disparado, um medo de terrível de morrer,
de estar tendo um ataque cardíaco, derrame ou algo de muito sério.
Neste
momento, a pessoa se desconecta completamente do mundo e passa a perceber
somente as reações do seu corpo, entra em completo desespero, sente que vai
morrer ou ficar completamente louca, que não terá uma segunda chance.
Pede
ajuda aos amigos, à família, vai ao pronto socorro, e o pior, depois de uma
série de exames escuta:
“Você não tem NADA! Foi só uma crise de stress, é
psicológico...” “O que é isso?” Pensa
ela. “Como pode ser psicológico, se eu senti tudo isso?
Foi horrível, achei
que eu fosse morrer, eles com certeza não sabem o que falam ou não querem me
falar a verdade porque o meu caso é muito sério...
Estou ficando LOUCA?"
O estresse é um dos causadores da síndrome
do pânico, mas tirar um mês de férias, não vai resolver o seu problema.
O Álcool e as Drogas representam outro
enorme fator de risco.
Em
quase duas décadas de atendimento psicológico, minha experiência demonstra
que existem outros fatores emocionais desencadeantes. O episódio de Síndrome
do Pânico, não vem do nada.
Ele acontece em geral algumas semanas, meses ou
até um ano após um fato traumático.
A morte de um parente próximo, a mudança de cidade, a separação, a
vinda de familiares para morar em casa, o desemprego, e principalmente a
dificuldade que essas pessoas têm em dizer NÃO também podem ser a causa do
primeiro episódio da crise.
E como resolver isso? Se eu
tomar um remédio passa?
Nem
sempre! Remédios neste caso específico não curam, embora diminuam ou até façam
com que os sintomas desapareçam momentaneamente. A cura está em perceber o que está causando
essas crises, e resolver o problema. Desta maneira os sintomas desaparecerão
para sempre.
A
Síndrome do Pânico tem resultados fantásticos quando tratados com um bom
psicólogo. Na primeira sessão, a maioria dos pacientes já consegue voltar a dormir
e se sentir muito mais tranquilo.
Em menos de um mês os sintomas “desaparecem”,
mas o tratamento não acaba aí, ele
está apenas começando. O período de tratamento é de aproximadamente se seis
meses. É fundamental que o paciente realmente esteja disposto a cooperar,
fazendo os exercícios propostos durante a semana e comparecendo semanalmente às
sessões.
Os
principais sintomas da Síndrome do Pânico são:
taquicardia, sudorese excessiva, falta de ar, tremor, fraqueza nas pernas,
ondas de calor e pressão na cabeça. Sensação que o ambiente é perigoso, medo
de morrer, de sair de casa, de ir a lugares com muitas pessoas, de andar desacompanhado
e insônia.
A partir da primeira crise é muito comum também o medo e a
ansiedade de ter outra crise. A pessoa
passa a ter medo de sentir medo e começa a evitar alguns locais ou situações
que possam colocá-lo novamente em pânico, já que associa o lugar ou a
situação que teve o último episódio, ao temor de tê-lo novamente. Esse medo
de sair de casa e evitar situações, é o que chamamos de agarofobia.
Gostaria
de esclarecer que ninguém morre ou fica louco por ter Síndrome do Pânico, a
não ser que se mate!
Os
sintomas são realmente desesperadores, é como se “algo” disparasse um alerta
de emergência dentro do nosso cérebro, e todos os nossos órgãos entendessem ,
ao mesmo tempo, que estamos em perigo.
Tentar manter a calma, é fundamental.
Saiba que você não vai morrer de
Síndrome do Pânico, em seguida procurar ajuda sim, de um especialista na
área.
A
psicoterapia breve ou focal, a psicoterapia comportamental e a hipnoterapia
são algumas das técnicas mais indicadas para este tipo de problema, pois os
resultados são muito mais rápidos que quando utilizadas outras técnicas.
Quais
são as chances de recuperação no tratamento da Síndrome do Pânico?
Apesar da gravidade dos sintomas, a Síndrome do Pânico
mostra um excelente resultado ao tratamento, até 90% de recuperação em seis
meses, desde que o paciente realmente compareça as sessões e faça os
exercícios propostos.
Segundo o INMH (Instituto
Nacional de Saúde Mental dos EUA), apenas um terço das pessoas que apresentam
esses sintomas recebem tratamento adequado nos estados Unidos.
O entrosamento
e a confiança entre o profissional e o paciente, são fundamentais para o
sucesso do tratamento.
O caminho para uma vida plena e feliz está muito mais perto do que
você imagina!
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