DEPRESSÃO INFANTIL:
A depressão hoje é considerada o MAL
DO SÉCULO. Ela atinge todas as faixas etárias, desde um bebê até um idoso.
Neste artigo eu vou abordar um pouco
da depressão infantil, pois ela tem sintomas muito diferentes da depressão no adulto
e no adolescente.
O assunto é muito amplo, este artigo
é apenas uma pequena pincelada sobre ele, em caso de dúvidas sobre o
diagnóstico, solicito que levem o menor à uma avaliação profissional seja no
serviço público ou particular. A depressão infantil é uma doença grave e
importante e necessita de acompanhamento especializado.
Crianças ficam deprimidas? Essa é uma
das dúvidas mais comuns e que infelizmente, na grande maioria das vezes, além
de mal respondida é negligenciada pelos pais e familiares dos pequenos por
total desconhecimento.
SIM. A Depressão Infantil é uma
doença importante e seu diagnóstico deve ser muito bem feito para não ser
confundido com outras patologias ou distúrbios de comportamento.
A Depressão infantil é um estado psicológico
que deve ser observado pelos adultos responsáveis, já que a criança não
alcançou maturidade necessária para reconhecer suas próprias emoções.
Abaixo, descreverei alguns sintomas muito comuns em estados depressivos
em crianças de diferentes fases:
Na fase pré escolar: Inquietação motora, retraimento,
choro frequente, recusa em se alimentar, perturbação do sono, apatia
(indiferença), pouca ou nenhuma resposta aos estímulos visuais e verbais,
mudança súbita e inexplicável de comportamento, queixas de dores de cabeça e
estômago, isolamento social, dificuldade na evolução da linguagem, movimento ou
reações lentas.
Na fase entre 07 e 12 anos: Sintomas somáticos (dores
abdominais, falha em adquirir peso esperado para a idade, fisionomia triste,
irritação, diminuição de apetite, agitação psicomotora ou hiperatividade,
retardo psicomotor, distúrbios do sono, ficar balançando o corpo ou fazendo movimentos
repetitivos, agressividade com os outros ou consigo mesmo, regressão na
linguagem, enurese (dificuldade em controlar a urina), dependência excessiva de
outras pessoas, raiva, irritabilidade, mal humor, recusa em ir para a escola,
dificuldade de concentração, queda no rendimento escolar, choro sem motivo
aparente, problemas de comportamento.
É muito importante que percebamos que
estes sintomas são facilmente confundidos com falta de vontade, preguiça,
problemas de comportamento e ou de aprendizagem e muitas dessas crianças acabam
ficando de castigo o que só piora o quadro da doença.
A depressão infantil dificilmente tem
indicação medicamentosa. O tratamento psicológico é fundamental para ajustar
essa criança com a nova realidade de vida e ensiná-la a lidar com as limitações
e frustrações que a vida impõe.
Nos dias de hoje, trabalhamos
exaustivamente a fim de tentar oferecer o melhor apoio financeiro à nossa
família. Quando chegamos em casa, muitas vezes exaustos, ainda temos uma
segunda jornada, a doméstica.
Assistir Tv jogado num sofá não é nem
de longe a melhor maneira de interagir com as crianças. Colocá-las em um número
enorme de atividades a fim de ocupar o tempo delas, também não é o mais
indicado.
Precisamos rever nossos papeis de
pais e educadores, precisamos dividir melhor nossas agendas, é possível sim
educarmos com qualidade, sermos excelentes profissionais e pais presentes e
participativos na vida de nossas crianças.
É claro que a depressão é um assunto muito
mais amplo do que simplesmente dar atenção e amor. Mas ao dispensarmos parte do
nosso tempo para estar com nossos filhos, dando- les carinho, atenção,
praticando esportes junto com eles, participando ativamente do dia a dia
deles... o trabalho psicoterapêutico, irá ter um resultado absurdamente mais
rápido e eficaz!
Somos hoje o
reflexo do nosso ontem!
Dra. Luciana
Muszalska - Psicóloga Clínica –
Atuou como consultora
das Tvs Bandeirantes, Record e Rede Tv.
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