ADOLESCENTES
QUE SE MUTILAM, eles se cortam, se queimam e podem até se matar...
Se seu filho (a) apresenta o “hábito de se mutilar? ”
A MUTILAÇÃO é o grito de socorro de uma pessoa que não está conseguindo
falar.
Quando surge a dificuldade em lidar com as emoções, alguns adolescentes
acabam tendo essa reação extrema. Eles
se cortam, se queimam, se machucam muito.
Não se trata de uma tentativa de
suicídio, mas de uma manifestação enorme de sofrimento que pode ser o primeiro
sinal de que algo está indo muito mal.
Uma
coisa é certa, ele (a) está precisando de ajuda!
A adolescência é um período de
grandes mudanças na vida dos jovens. Mudanças desde físicas
e hormonais, como também dos desejos de uma nova sexualidade. É o conjunto de sentimentos tão intensos, que é como se o
adolescente estivesse numa montanha russa emocional.
Lidar
com esse turbilhão de emoções, não é uma tarefa nada fácil para a maioria dos
jovens, e nem para seus pais...
Para alguns jovens, essa transição ocorre de maneira mais suave, sem comportamentos
limite. Mas existem casos em que este tumulto emocional
é tão grande que essa fase acaba sendo marcada por uma transformação bastante
arriscada, como é o caso dos adolescentes que se AUTOMUTILAM.
Eles recorrem neste momento a qualquer objeto afiado para se cortarem,
em alguns casos, se queimam com cigarros ou isqueiros.
Tudo serve, quando o impulso
surge. Desde uma faca, uma tesoura, uma agulha,
até uma lâmina de barbear, a ponta de um clip,
etc.
É
importante ressaltar que quem se corta uma vez, irá se cortar muitas outras
vezes.
Na maior parte dos casos, os cortes /queimaduras ocorrem principalmente
no tronco, braços e pernas, que são as
regiões mais acessíveis. Por outro lado, são aquelas em que é mais fácil
esconder as marcas também.
Embora nem sempre haja dor física, a mutilação
esconde emoções muito mais profundas e dolorosas emocionalmente. Isso não passa
sozinho com o tempo!
É
fundamental e imprescindível o acompanhamento psicológico nestes casos.
Existe ainda, casos como estes também na fase adulta, embora menos
frequentemente.
O mais importante de tudo é compreender que essa pessoa está precisando
de ajuda, mesmo que ela mesma ainda não tenha identificado.
AUTOMUTILAÇÃO x SUICÍDIO
A automutilação
não é sinónimo de tentativa de suicídio, mas é sinal de que algo muito errado
está acontecendo. Ela acontece quando a pessoa não está suportando viver com as
dores, cobranças e angústias que a vida tem lhe apresentado.
Ela é sinal de que existe o risco de suicídio evidente
sim! Segundo estudos, 70% dos casos de suicídios já haviam sido avisados
anteriormente. Esqueça a frase de que cão que ladra não morde.
Porque ocorre a automutilação?
Os cortes e as queimaduras funcionam como mecanismo
do inconsciente para aliviar uma tensão que o
adolescente não está conseguindo lidar. É por isso que a mutilação acaba
sendo um hábito difícil de ser abolido sozinho. Alguns adolescentes se dizem “viciados”
em se automutilar.
Ela funciona como uma válvula de escape. Eles acabam
recorrendo a ela sempre que não conseguem lidar com alguma emoção, e nem se dão
conta disso.
O
que acontece é que, sempre que a tensão aumenta, o cérebro envia uma ordem pedindo alívio imediato, é neste
momento que o adolescente sente que precisa se automutilar.
Ao se
cortar ou ao se queimar, ele “desvia” o incômodo emocional que existia, para a
dor ou para o incômodo que o machucado provocou.
Aprender a lidar com as emoções, confiar e poder se
abrir com uma terceira pessoa nem sempre é fácil. É necessária muita confiança
e coragem para dar o primeiro passo. O medo destes adolescentes é o de ser
julgado, de sentirem raiva dele, de serem rejeitados...
Casos como estes,
são bastante delicados e devem ser tratados com muito respeito e
profissionalismo. Ninguém se machuca porque simplesmente quer!
Ao dividir o problema, o primeiro passo foi dado,
mas para abandonar definitivamente o comportamento de risco, é necessário mais
que colo e bate papo de amigos.
O
auxílio de um Psicólogo nestes casos é fundamental.
Fique sempre atento
a marcas, queimaduras e dificuldades emocionais em seus filhos, e na dúvida
procure ajuda de um bom profissional.